sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

RECORDANDO UMA GRANDE DO FADO


Se há uma marca inconfundível na carreira de Beatriz da Conceição, para lá do seu estilo profundamente pessoal...Beatriz da Conceição é uma das personalidades artísticas mais vibrantes da segunda metade deste século. Nascida no Porto em 1939, torna-se fadista num episódio quase lendário: vai ouvir fados à casa de fado de Márcia Condessa, alegra-se com a sangria e trauteia um fado. É logo convidada pela D. Márcia para ficar a cantar na casa. Já não regressa ao Porto. O seu primeiro cachet foi de sessenta escudos por noite, mas depressa a sua carreira ganha asas para voos maiores. Cantará nas principais casas de fado de Lisboa, nos palcos da revista, onde obteve extraordinários êxitos como, por exemplo, Fado Para Esta Noite, ou John Português.
A sua carreira foi marcada por uma presença assídua no estrangeiro, actuando para as comunidades emigrantes. Já nos anos noventa, é convidada para festivais internacionais de música e aplaudida por um público cosmopolita.
Se há uma marca inconfundível na carreira de Beatriz da Conceição, para lá do seu estilo profundamente pessoal e verdadeiro, é a singular atenção que dedica às letras (e aos poemas) que canta. Obstinou-se sempre em ter um repertório próprio e chegou a pagar do seu bolso letras de fado de que gostava. Talvez por isso obteve a admiração e a amizade de grandes poetas, como Vasco de Lima Couto (de quem canta A Vida que Eu Sofro em Ti, Pomba Branca e A Noite, entre outros), ou José Carlos Ary dos Santos que para ela escreveu, com Fernando Tordo, o Fado da Bia, com o diminutivo familiar da artista.
Continua a ter uma carreira activa, como o comprova a presença nos programas de televisão Grande Noite e Cabaret, de Filipe La Féria, a gravação de discos, e a presença assídua numa casa de fado.

Fonte: Portal do Fado 

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